Share |

Sobre: assembleia municipal

Novembro 29, 2022

No passado dia 23 de novembro, a assembleia municipal viabilizou por maioria absoluta (peso dos votos PS) as opções do plano e orçamento respeitantes ao ano vigente, tendo o Bloco de Esquerda votado mais uma vez desfavoravelmente. A nível do plano estratégico, observa-se a continuidade da aposta na captação de investimento e na sujeição da economia ao turismo massificado como monocultura de crescimento, adiando-se as intervenções ambientais (ex. descargas ilegais para a ria) ou secundarizando-se medidas de repartição de rendimentos necessárias à diminuição das desigualdades sociais e da pobreza, prioritárias em plena crise relacionada com a inflação (no que respeita ao alívio de encargos para famílias ou da taxação de grandes empresas, ou às políticas de acesso à habitação ou de recuperação da mobilidade – infraestruturas viárias e pedonais por arranjar ou finalizar). No campo orçamental, salienta-se a continuidade do reforço da subsidiação às empresas municipais e, face às necessidades sociais, uma insuficiente despesa para compensar dificuldades da população; fraca intervenção conjuntural ou estrutural com recurso ao esporádico assistencialismo. (veja declaração justificativa do voto contra do BE no interior do artigo)

Maio 27, 2022

A maioria PS na Assembleia Municipal de Olhão chumbou, na sessão de 24 de maio de 2022, a proposta do Bloco de Esquerda para transmissão em directo, por vídeo, das sessões da Assembleia Municipal.

A proposta do Bloco de Esquerda visava criar um canal que permitisse que todos os cidadãos pudessem ter acesso às discussões políticas e decisões que afetam a nossa cidade, permitindo que muitos olhanenses que não possuem condições de se deslocar às sessões pudessem assistir, aproximando assim os cidadãos dos seus eleitos e ao mesmo tempo incentivando a participação política e a cidadania.

Foi mais uma decisão do PS que afasta os olhanenses da vida pública, da cidadania, da política e da democracia (veja texto completo no interior)

Dezembro 26, 2021

Na passada reunião da AM, dia 20 de dezembro, foi votado o orçamento e plano da autarquia, tendo sido expressa pelo BE a posição de “voto contra” - grande parte dos investimentos enunciados são uma repetição de documentos apresentados em anos anteriores, continuando a aposta no crescimento turístico e em toda a especulação envolvente, visão que não defende a economia local e o emprego mais permanente e que negligencia a resolução de problemas prioritários do concelho, como temos vindo a alertar – fraca intervenção a nível da reparação de sistemas de águas residuais e consequente afectação do ambiente; ausência de estratégia para a revitalização dos bairros históricos e da qualidade de vida das suas populações, continuando a abrir-se portas à gentrificação (expulsão de habitantes locais pela especulação imobiliária); adiamento de políticas estruturantes de transporte público e de mobilidade (ver declaração de voto no interior do artigo)

Junho 14, 2021

Na última reunião da Assembleia Municipal de Olhão, no passado dia 27 de Maio, os deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda apresentaram uma nota de protesto pela utilização indevida de espaço e contexto público (acção do plano nacional de vacinação contra a COVID) para fins de propaganda política autárquica activada pela câmara municipal. Pronunciaram-se também contra a já habitual subsidiação camarária das empresas municipais (neste caso, uma alteração dos estatutos da Fesnima ligada à necessidade de reforçar património em quase um milhão de euros devido a novas atribuições), sendo de realçar a coerência face a posições anteriores do BE que defendiam a permanência do domínio da habitação social nas competências da câmara e maior transparência na informação sobre relatórios de actividades e contas para avaliar da eficiência e eficácia da gestão das empresas municipais relativamente a bens e serviços públicos (rigor orçamental; capacidade de autonomia de funções) (veja no interior NOTA DE PROTESTO e DECLARAÇÃO DE VOTO)

Maio 3, 2021

Salientam-se da ordem de trabalhos da última sessão ordinária da Assembleia Municipal, as propostas de alteração aos Regulamentos Municipais relativos à urbanização e ao estacionamento, assim como a proposta de celebração de contrato com a Junta de Freguesia de Olhão para a constituição de uma Mercearia Social. Face às duas primeiras propostas o voto do BE foi contra, devido ao incumprimento da exigência de notas justificativas e por se considerar que, no caso da ampliação do horário diário sujeito a tarifas de estacionamento na zona ribeirinha, se vêm a agravar despesas dos munícipes e visitantes, atingindo sobretudo os trabalhadores da área, sem se verificar o tão necessário ordenamento das acessibilidades e dos estacionamentos há tanto tempo reivindicado pelo Bloco. Quanto à “mercearia social”, o voto do BE foi favorável pois trata-se de um mecanismo de resposta social às desigualdades agravadas pela crise pandémica, apesar de não se compreender a não efetivação do mesmo tipo de contrato com as restantes freguesias do concelho. (veja no interior as declarações de voto)

Fevereiro 27, 2021

Na passada sessão ordinária da AM de Olhão, dia 11 de fevereiro, destacaram-se temáticas relacionadas com o ambiente, a título informativo e deliberativo. Saliente-se o centralismo de decisão que, por um lado decide unilateralmente e comunica as delimitações da reserva ecológica no concelho com o argumento da representatividade legítima do poder político sufragado, e por outro lado condiciona a aceitação de moções em áreas “pouco amigas” da intervenção autárquica, remetendo para momento posterior decisões mais abrangentes que se querem baptizar com carimbos que não os originais – a moção do bloco relativa à substituição dos plásticos nas práticas comerciais de empresas públicas, como a Mercados de Olhão (ver no interior considerações e moção apresentada)

Novembro 25, 2020

Na AR de 29 de Outubro, os deputados do BE votaram contra a proposta de operação de reabilitação urbana do Levante por mais uma vez se observar a preocupação exclusiva com a dimensão física do edificado (recuperação ou renovação) e a rendição aos interesses privados de especulação imobiliária (sobretudo na vertente da exploração turística), sem atender à preservação e requalificação dos modos de vida dos habitantes ou do próprio significado histórico de alguns edifícios englobados (indústria conserveira ancestral) ou mais uma vez excluídos (“Recreativa Rica”) – ver declaração de voto no interior

Fevereiro 15, 2020

Na passada AM de 10 de Fevereiro, os deputados do bloco de esquerda votaram contra a proposta da câmara de olhão relativa à delimitação urbana do centro histórico e respectiva operação de reabilitação por não terem sido integrados edifícios de significado simbólico e histórico e conjuntos habitacionais “típicos”, tal como tinha sido proposto em 2017 pelo então vereador do bloco, assim como a finalização do processo de classificação do edifício da antiga Sociedade Recreativa Olhanense, que continua a não ser cumprida. Trata-se também de uma conceção redutora da reabilitação urbana pois, ao apenas incidir sobre a dimensão física do edificado, promove uma política urbana assente na segregação espacial e social que serve apenas interesses económico-financeiros relacionados com a especulação do mercado imobiliário (não se observa uma política integrada que revitalize modos de vida e economia locais ou que, através da promoção do arrendamento acessível, impeça a gentrificação crescente).

Também se rejeitou a proposta de desafetação de área do Domínio Público Municipal  (lote da zona industrial de olhão) por se considerar que o acordo inicial (“protocolo” de interesse público com o SCO) tenha fortes probabilidades de vir a beneficiar interesses privados entretanto instalados (cedência do lote pelo SCO à CEPSA que acabou por alargar a sua área original, concessionada pela câmara). (VER DECLARAÇÕES DE VOTO NO INTERIOR)

Janeiro 8, 2020

Última Assembleia Municipal de 19 de Dezembro: no caso do contrato programa com a Fesnima relativo à Habitação Social, os deputados da AM  salientam que o Bloco sempre se opôs a essa transferência de competências e gestão pela natureza e relevância do sector na garantia do mínimo bem-estar para a população olhanense (importância económica e social), problema acentuado pela ausência de relatórios de avaliação que demonstrem a eficiência e qualidade das novas funções exercidas pela empresa municipal; no caso do contrato programa com a Ambiolhão (aumento de capital através de entrada em espécie do Município, accionista único) o voto contra releva da ausência de relatório elaborado por um Revisor Oficial de Contas independente; no caso do aditamento ao contrato de Gestão com a mesma empresa (pagamento de Euros 180.000,00 pelo Município para investimento nas infraestruturas correspondentes de água e saneamento), o voto contra resulta do próprio contrato, pois cabe à empresa municipal assegurar essa função. Trata-se da continuidade de procedimentos opacos, associados também a “derivas contabilísticas”, que desvirtuam acima de tudo as razões evocadas para a criação das empresas municipais – a necessidade de uma gestão mais rigorosa e eficiente das despesas públicas locais, raramente demonstrada pois também é uma constante a ausência de relatórios obrigatórios de avaliação.(ver justificações dos votos contra no interior do artigo)

Dezembro 1, 2019

Apesar do exercício do estatuto do Direito de Oposição que permitiu ao Bloco exercer a consciência crítica e complementares sugestões de alteração e a intransigente defesa da melhoria da qualidade de vida das populações e da inclusão social, foram aprovadas as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020 apresentadas pelo executivo PS. A obsessão pelo crescimento turístico e pela captação de investimento especulativo na área, obviando a urgente revitalização da economia local e a intervenção estruturante nos problemas da pobreza, desemprego e exclusão social, caracterizam as metas de curto/médio prazo. Paralelamente, um orçamento que repete erros do passado recente, pouco amigo do investimento público nas áreas segregadas e carenciadas do concelho, e que escolhe a agenda publicitária da “marca” e o “postal ilustrado da zona ribeirinha” como prioridades. (ver no interior posição do BE pronunciada à autarquia)

Dezembro 1, 2019

Na última sessão da Assembleia Municipal (26 de Novembro), apesar de alguns consensos registados na oposição, foram rejeitadas as propostas e recomendações do Bloco para alterar a fixação da taxa de IMI de 0,4% para 0,3% e para fixar uma derrama de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. No entanto, foi aprovada por unanimidade a recomendação do BE de redução de IMI aplicável a prédios arrendados para habitação, a imóveis destinados a habitação própria em função do número de dependentes a cargo e a prédios urbanos com eficiência energética, o que revela alguma evolução face a posições anteriores do PS (ver desenvolvimento dos conteúdos no interior)

Outubro 1, 2019

Na passada sessão da AM de Olhão, por iniciativa do Bloco de Esquerda, foi aprovado por unanimidade o "Voto de Pesar" pelo falecimento de Fernando Grade, reconhecido cronista, artista e ativista ambiental que dedicou a  sua carreira à causa pública, com um importante legado para o Algarve e para a sempre amiga cidade de Olhão (ver "voto de pesar" no interior)

Março 10, 2019

Na passada sessão da Assembleia Municipal de 28 de Fevereiro, após recusa na sessão prévia de discussão das transferências decorrentes do processo de municipalização, os deputados aprovaram por maioria as recomendações do Bloco “Pela não aceitação da transferência de competências nos domínios da Educação e da Saúde”. Trata-se de uma “pirueta artística” dos deputados eleitos pelo PS que transformaram o voto contra da primeira abordagem à polémica legislação (recusa da possibilidade de discussão e análise do tema) numa posição de abstenção nesta segunda tentativa de trazer a municipalização a debate, o que permitiu a aprovação das recomendações por maioria. (veja no interior o conteúdo das recomendações)

Fevereiro 9, 2019

Na última assembleia municipal que ocorreu no passado dia 30 de Janeiro, uma vez mais o PS através dos seus deputados municipais e em consonância com o Presidente da Câmara Municipal de Olhão, impediu a discussão da transferência de competências do Estado para o nosso município, ao forçar a retirada desta matéria da ordem de trabalhos.

Trata-se de uma postura antidemocrática que resulta da aceitação por parte do município, sem qualquer debate ou esclarecimento, de responsabilidades em áreas tão importantes como a justiça, mobilidade e ação social e que poderão ainda abranger a saúde e educação, desconhecendo-se por completo que recursos serão transferidos para os municípios para desempenhar de forma eficaz e condigna estas tarefas. No entender do Bloco, esta “descentralização” é uma forma do Estado se desresponsabilizar das suas obrigações sociais em garantir o serviço público de qualidade e a sua universalidade de acesso, agravando as desigualdades territoriais – para além do comprometimento irremediável da situação financeira dos municípios, adivinha-se o recurso a práticas de clientelismo pela "porventura inevitável" contratualização de empresas privadas para desempenho destas funções. (ver no interior comunicado do Bloco de Olhão e declaração dos deputados municipais)