PRESERVAR A RIA É UM LEGADO DECISIVO PARA O FUTURO DE OLHÃO .
NÃO HÁ LUGAR PARA A NEGLIGÊNCIA !
Sabia Que:
Os principais problemas relacionados com a degradação da ria e do sistema dunar protector (ilhas- barreira) são...
- a ameaça da eutrofização resultante da poluição, ou seja, o crescimento descontrolado e saturado de algas e de plantas aquáticas com origem na fertilização excessiva que a poluição provoca (nutrientes como o nitrogénio e o fósforo), o que vem a diminuir a oxigenação da água e a pôr em causa a sobrevivência da vida marinha;
- a progressiva erosão costeira que não permite a natural sedimentação das areias ao longo da costa e põe em causa a segurança do território litoral assim como a sustentabilidade do ecossistema da ria
Esses problemas são originados essencialmente por negligências e erros de política nacional e local?
- no caso da eutrofização, a poluição criada pela permanência de esgotos livres urbanos, industriais e da pecuária, pela falta de fiscalização ao funcionamento das ETAR’s (estações de tratamento de águas residuais), pela fertilização excessiva dos campos agrícolas e de golf e até pelos resíduos escoados pelo Mediterrâneo que chegam a afectar as nossas águas;
- no caso da erosão, os problemas de ordenamento do território e de educação ambiental associados à pressão da construção turística e urbana no litoral e à massificação do turismo balnear, responsáveis pela degradação das dunas, ou a má opção pela abertura de barras artificiais e pela construção de barreiras para proteger as praias que vem a originar o assoreamento e a inviabilizar a natural sedimentação das areias, especialmente no sotavento algarvio.
A Câmara Municipal de Olhãotem a sua quota de responsabilidade na degradação da ria pois esqueceu ao longo de todos estes anos que não se pode “brincar” com o ambiente nem tão pouco desvalorizar a importância das actividades ligadas à ria na economia e na vida dos seus cidadãos?
- fugindo à lei, são permitidos esgotos livres urbanos (descargas directas) e deposição de lixos;
- há deficiências no funcionamento das ETAR’s não se fiscalizando com rigor nem investindo o suficiente para a sua eficácia (ex. remoção do fósforo; aproveitamento desses resíduos para evitar o seu escoamento para a ria);
- não se activaram fundos comunitários para protecção ambiental (ex. recifes multifuncionais; sistemas de estacas para protecção dunar; programas de educação e de animação ambiental)